"ACOLHENDO, HABILITANDO E REABILITANDO COM CARINHO"

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Almoço Beneficente!


A APAD irá realizar em 30/05/2010, o primeiro almoço beneficente do ano de 2010. Quer ajudar? Informe-se através deste blog, email: apad.riodasostras@gmail.com, telefone: 2760-6068, ou pelo perfil no Orkut. Toda ajuda é sempre bem vinda! Precisamos de doações de material para a feijoada, descartáveis, refrigerantes, e voluntários para o dia do evento! Adquira os convites na nossa sede!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Doença não espera vontade política!

No Estado do Rio de Janeiro, existem mais de 1000 pessoas com esclerose múltipla e patologias semelhantes. Essas doenças de nome maligno, ao contrário, tem os sintomas muitas vezes controlados e revertidos com o tratamento adequado. As características dessas doenças são: a paralisia e/ou perda parcial ou total dos movimentos (por exemplo, pernas e braços), além de danificar sentidos como a visão.

Todos os tratamentos de saúde e fornecimento de medicamentos são função do Estado, já que a Constituição Brasileira estabelece a saúde como um direito fundamental de todos os cidadãos e cidadãs. Nos casos destas doenças, não há cura, porém há tratamentos que previnem o avanço dos sintomas e permitem que alguns destes retrocedam.

Para exemplificar, uma pessoa com uma destas doenças pode ficar cega e paralítica e com o tratamento adequado voltar a enxergar e a andar. Por outro lado, a falta de medicamento pode fazer com que uma pessoa que teria que viver apenas com a perda de visão durante toda a sua vida, sem a medicação adequada, sofra uma piora irreversível, causando paralisia e/ou perda dos movimentos dos membros.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem freqüentemente falhado em fornecer esses medicamentos que são de sua obrigação. Essa freqüente irregularidade no fornecimento de tais medicamentos faz com que as pessoas que têm essas doenças passem pelo tipo de sofrimento acima descrito, muitas vezes evitável e, pior, adquirindo deficiências irreversíveis.

A saída de muitos doentes que não obtêm o medicamento pelo Estado de forma regular é recorrer à Justiça. A judicialização, ou seja, a realização de direitos legais através do Poder Judiciário quando deveriam ser normalmente providos pelo Governo, implica em morosidade, é excludente e é ruim para a administração pública. Implica em morosidade porque o processo judicial até que se obtenham os medicamentos é demorado. É excludente porque a possibilidade de acesso à Justiça é determinada em nossa sociedade pelo grau de instrução e estrutura sócio-econômica dos usuários, fazendo com que a maioria dos pacientes sequer saiba que é possível recorrer à Justiça e como fazê-lo. E é ruim para a administração pública porque onera o Estado que arca com os custos da defensoria pública e do processo judicial.

Diante do sofrimento vivido por tantos doentes e suas famílias, do descaso com a dignidade e das violações de direitos humanos fundamentais, nós, abaixo-assinados, exigimos solução imediata da freqüente irregularidade no fornecimento dos medicamentos por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro e convidamos a todos para participar do Ato Público que se realizará no dia 12/04 (2ª feira) às 15h nas escadarias do Palácio Tiradentes (ALERJ); e para a audiência pública sobre o tema, convocada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania, a se realizar no dia 13/04 (3ª feira) às 10h, na sala 316 do Palácio Tiradentes (ALERJ).

Associação dos Pacientes de Esclerose Múltipla do Estado do Rio de Janeiro (APEMERJ)
Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência – Niterói (COMPEDE)
Federação das Associações Pestalozzi do Estado do RJ (FEASPERJ)

sábado, 10 de abril de 2010

Rio das Ostras completa hoje 18 anos de emancipação!

A APAD participou hoje do desfile em comemoração da emancipação de nosso Município! Mesmo com número bem reduzido de participantes, a nossa Instituição foi muito aplaudida, principalmente pelas pessoas que vem acompanhando o processo de mudança que a APAD vem enfrentando! Parabéns Rio das Ostras, pelo seu aniversário! Parabéns APAD por vencer mais um desafio!

Projeto "Empresa Solidária e Amiga da APAD"

A APAD – Associação de Pais e Amigos de Deficientes é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, pioneira no Município de Rio das Ostras atuando desde 1992, realizando atendimento especializado a pessoa com deficiência. Diante das atuais dificuldades em manter nossas atividades, devido à dívidas adquiridas em gestões anteriores e que devem ser pagas para que a APAD volte a ter o convênio com a Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, a atual gestão tem se preocupado em elaborar estratégias para arrecadação de fundos financeiros e com isso sanar as dívidas e possivelmente ampliar o trabalho já desenvolvido e fazer a Instituição ser conhecida por todos que habitam o nosso Município. Uma das estratégias seria o Projeto Empresa Solidária e Amiga da APAD. O Projeto identifica a empresa que se preocupa com os problemas sociais e contribui para solucioná-los.

O PROJETO E A EMPRESA
Para que a APAD continue com suas atividades e ainda amplie o número de atendidos pela Instituição na reabilitação clínica e pedagógica, a APAD, através do Projeto Empresa Solidária e Amiga da APAD busca parceiros. Apoiar esse projeto torna você, empresário, coadjuvante de mudanças sociais e agente de uma nova cultura, beneficiando os cidadãos da nosso Município.

AS VANTAGENS DE SER UMA EMPRESA SOLIDÁRIA
-Ser uma empresa solidária passa a ser um diferencial para a imagem da sua empresa.
-Participar de uma mudança social que melhore a vida de uma parcela da população do Município de Rio das Ostras, participando do processo de Inclusão Social.
-Recebimento do Certificado de Empresa Solidária e Amiga, concedido pela APAD.
-Participação em campanhas de divulgação e comunicação da APAD, em que haverá a estimulação da população em consumir os produtos de empresas socialmente responsáveis.
-O compromisso de sua empresa com a Responsabilidade Social.
-Valorização da empresa/ produto/ cliente.
-Sua empresa será sinônimo de referência pelas iniciativas.

OS BENEFICIADOS PELO PROJETO EMPRESA SOLIDÁRIA
-Os pacientes já atendidos pela APAD, e as outras crianças/pessoas com deficiência que poderão ser atendidas com a ampliação da nossa sede e implementação de novos Projetos, como Programa de Fisioterapia Intensiva para Crianças com Distúrbios Neuro-Motores; Clínica-Escola, onde as crianças permanecerão por 1 turno complementar ao da escola, recebendo atendimento clínico e sendo estimulada do ponto de vista pedagógico, Convênios com Projetos de Equoterapia, entre outros.
-A marca de sua empresa vinculada a um projeto social que beneficiará várias famílias de nosso Município.
-O Município de Rio das Ostras que terá um centro de tratamento de qualidade voltado principalmente para crianças com deficiências múltiplas, com comprometimentos dos mais simples aos mais severos.

COMO PARTICIPAR DO PROJETO EMPRESA SOLIDÁRIA
Sua empresa poderá participar colaborando mensalmente com valores à partir de R$ 50,00, através de depósito bancário em conta que será informada mediante a sua participação no Projeto ou realizar a colaboração diretamente em nossa sede. Caso esteja interessado em participar, ou obter mais informações, entre em contato através dos seguintes telefones: (22) 2760-6068/2777-5127/9906-3601/8811-2574/9925-0446, ou faça-nos uma visita.
Endereço: APAD – Rua Santo Antônio, nº 455 – Nova Cidade – Rio das Ostras
Email: apad.riodasostras@gmail.com

Junte-se a nós nessa causa! Divulgue para os amigos!

Desde já agradeço a atenção dispensada e a possível colaboração.

Ana Márcia Coelho Hildebrandt
PRESIDENTE - APAD

sábado, 27 de março de 2010

Exercite sua solidariedade, sua generosidade e sua responsabilidade social! Ajude a APAD!

A APAD comunica à todos que passa por um período de transição e regularização de algumas pendências de ordem administrativa, o que vem limitando o atendimento à população. Estamos passando por problemas financeiros devido à dívidas trabalhistas de gestões anteriores, e com isso não há recursos disponíveis no momento para mantermos nosso quadro de funcionários. Sendo assim, pedimos a colaboração dos que quiserem nos auxiliar através de trabalho voluntário. Precisamos de Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Assistentes Sociais, Fonoaudiólogos, ou de qualquer outra área, que possam doar, semanalmente, algumas horas de seu dia de trabalho. Esperamos que em breve, com os problemas já sanados, possamos retornar inteiramente as nossas atividades. Contamos com a sua compreensão e pedimos desculpas pelo transtorno. Entrem em contato com a gente!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Baile de Máscaras foi um sucesso!!

Nosso Baile, realizado no espaço Renascer da Terceira Idade, todo organizado pela SECPLAN, tendo iniciativa do Conselho Municipal de Assistência Social, foi muito bacana! O ambiente familiar foi o ponto chave, e de resto foi só alegria!!! Estamos muito felizes também com a aprovação do nosso projeto enviado ao CMDCA!! E vamos que vamos em frente!

domingo, 31 de janeiro de 2010

BAILE DE MÁSCARAS DA APAD!!

Sensacional Baile de Máscaras Infantil e para todas as Idades!!! Ambiente seguro e agradável e você ainda ajuda a APAD! Compareça!

DATA: 06/02/2010
Horário: 18:00
Local: Renascer 3º Idade
Convite duplo: R$ 10,00, à venda no Local e Horário do Evento.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Como designar pessoas que têm deficiência?

A maioria das pessoas, inclusive as com deficiência, muitas vezes utilizam termos conceitualmente inadequados para designar pessoas que possuem alguma deficiência.
Alguns desses termos, que um dia já foram oficiais, como "deficientes", pessoas deficientes", "portadoras de deficiência" ou "portadoras de necessidades especiais", persistem no tempo, na memória coletiva, sendo muitas vezes preservados e reafirmados pelos títulos de entidades civis e governamentais que não têm como se livrar de burocracias oficiais para atualizarem seus nomes. Um exemplo disso é a Associação de Assistência à Criança Defeituosa - AACD, hoje denominada Associação de Assistência à Criança Deficiente. Outro exemplo é o da própria CORDE como "Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência" que, após 20 anos com esse nome, recentemente passou de coordenadoria para o status de subsecretaria como Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dessa vez, porém, sendo um bom exemplo de atualização.
Para a jornalista Maria Isabel da Silva, em seu artigo "Por que a terminologia 'pessoas com deficiência'?", os termos utilizados possuem importância porque "Na maioria das vezes, desconhece-se que o uso de determinada terminologia pode reforçar a segregação e a exclusão.(...) e (...) "Além disso, quando se rotula alguém como "portador de deficiência", nota-se que a deficiência passa a ser "a marca" principal da pessoa, em detrimento de sua condição humana".
Segundo Romeu Kasumi Sassaki, "a tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever a palavra "portadora" (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo "portar" como o substantivo ou o adjetivo "portadora" não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma certa pessoa é portadora de olhos verdes ou pele morena.". (livro Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16).
No histórico que Maria Isabel da Silva menciona em seu artigo, percebe-se que a terminologia foi se amoldando à sua época: "Até a década de 1980, a sociedade utilizava termos como "aleijado", "defeituoso", "incapacitado", "inválido"... Passou-se a utilizar o termo "deficientes", por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, apenas a partir de 1981. Em meados dos anos 80, entraram em uso as expressões "pessoa portadora de deficiência" e "portadores de deficiência". Por volta da metade da década de 1990, a terminologia utilizada passou a ser "pessoas com deficiência", que permanece até hoje."
Alguns argumentos são repetidos entre pessoas com deficiência a respeito das inúmeras designações atribuídas a elas, como a de que "deficiente" não se remete à deficiência que se tem, mas à qualidade de não ser eficiente.; que "pessoa deficiente" acentua uma qualidade de ineficiência na pessoa; que, caso se portasse uma deficiência, poderia-se deixá-la em casa e partir sem ela e que, assim, não se porta ou não uma deficiência, tem-se uma deficiência; que "portadores de necessidades especiais", após tanta luta pela igualdade na diferença, que ser "especial" exclui a pessoa do todo, da igualdade, remetendo-se somente à diferença. Por outro lado, "pessoa com deficiência" reproduz uma verdade, que é a de se ter uma deficiência, aliada ao fato de que essa deficiência é de uma pessoa. Dessa forma, pessoas com deficiência, alunos com deficiência, trabalhadores com deficiência é o que vem sendo utilizado por pessoas que se interessam pelo assunto e pelo conceito.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Assembléia da ONU em 2006, assinada pelo Brasil e outros cerca de 80 países em 2007 e ratificada em 2008 pelo Congresso Nacional, foi criada por governos, instituições civis e pessoas com deficiência de todo o mundo e acabou por oficializar o termo "pessoas com deficiência" em seu próprio título, além de o reafirmar em todos os seus artigos, especialmente no artigo de número 1:
O propósito da presente Convenção é o de promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua inerente dignidade.
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.
Esse texto procura incentivar o uso da terminologia correta, oficial e proposta pelas próprias pessoas com deficiência que colaboraram na construção desse fantástico tratado de Direitos Humanos que é a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e que, aos poucos, vai se espalhando pelo mundo. Em geral, a pessoa com deficiência, que é caracterizada por sua fragilidade e não por suas qualidades, vai conseguindo se mostrar a todos, antes por ser pessoa do que por possuir uma deficiência. Entretanto este é um processo de lenta assimilação, onde a linguagem possui o seu papel de reveladora de conceitos, mitos, evolução e transformação. Dessa forma, o termo "pessoas com deficiência" está, nesse momento, revelando-se como um ponto da história em que pessoas que têm deficiências se integram à sociedade e esta as inclui.
Assim, Maria Isabel da Silva, em seu artigo em que este texto foi baseado, expressa o papel da linguagem no revelar do olhar da sociedade sobre as pessoas com deficiência: " A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa."
Disponibilizado em: 15/10/2009 no Site Bengala Legal - Marco Antonio de Queiroz